sábado, 12 de janeiro de 2008

desloca - mento.

a estranheza de ser o que eu não sou... sim, o deslocamento de mim mesma é tanto que nem me reconheço mais... embriago-me na ilusão e ai as coisas ficam menos turvas, mais falsas, menos reais e mais vivíveis.

neologismos eternos de significação maior que a própria palavra, nem o sentido é sentido, não por outrem, mas por quem o sente apenas, exprimi-los é impossivel.

e na absoluta solidão Deus aparece em detalhe e se torna tudo, a mão firme que se estende.

a inércia é o maior inimigo.

ainda deslocada de mim mesma enxergo que posso enxergar melhor e mais...

o pessímismo pode esvair-se, basta que o ignoremos... tolo assassino, tão morrível como o fogo na água, num toque se esvai... ainda que muito, apaga...

e Deus, imenso, dá ao deslocamento a lição: "Aprenda mulher, aprenda! Não demore tanto!"

segue o deslocamento...

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