27 semáforos.

Acordo, depois do dispertador me chamar pela terceira vez... levando, tomo meu remédio da tireóide, vou na cozinha, faço o café, volto pro quarto, arrumo a cama, troco de roupa, volto pra cozinha, tomo o café (café, leite de soja e açúcar mascavo e duas fatias de pão integral), coloco a camida do Raul (meu cachorro) e vou pro trabalho. Despois de 26 semáforos, chego no vigésimo sétimo, antes dele tem o carinha da tapioca, sempre dou sorte de parar do lado dele, observo. Ele é que nem eu, faz sempre as mesmas coisas, mas tem sempre a mesma cara, ele não tem expressão. Ele pega na tapioca com a mesma mão que recebe o dinheiro. Se ele nao se cuidar ele vai ter LER (lesão por esforço repetitivo), ele faz os mesmos movimentos SEMPRE. Nem eu. Rotina é bom, mas assim é demais. Vou repensar minha rotina, tá muito rotina... preciso de uma rotina menos rotina. Vou mudar o caminho. Vou mudar o semáforos. Mas não vai dar pra mudar o carinha da tapioca.
Olhando pra ele eu pensei:
"Não importa pra onde se olha, mas como se olha pro onde."
Porque pensei isso? Sei lá! Mas me veio isso, sempre sou presenteada pelo meu cérebro, com essas frases feitas.
Talvez hoje eu comece minha aula de Ioga. Uma nova rotina.

Saudade!!!

Estou orfã. Minha amiga linda do coração foi embora. Foi pra longe, pra um canto que não conheço. Foi pra uma nova vida, pra uma nova casa, nova praia, nova rotina... Foi pra cidade maravilhosa, não conheço. Um recomeço, um novo "era uma vez"... já quero ir visita-la. Já estou com saudade e com uma dorzinha no peito, daquelas que não dói muito, mas dói sempre... dor que dói muito logo passa, logo é esquecida... a que dói sempre... não, essa fica. Tem uma felicidade por ela, pela "nova vida", aqui em mim fica a tristeza da saudade. Menina de garra, batalhadora, forte, sensível, guerreira, mãezona, filhona, super irmã... minha irmã do coração. Saudade, já já chego ai!

uma dó lá si meio e já!

hj é dia dos namorados, todo mundo que namora vai "jantar fora", ou esperar em fila de motel, como disse uma amiga, deve ser mesmo, no dia dos namorados, se namora! mas olha que frustrante, a origem da data no brasil é essa :

"No Brasil, a gênese da data é menos romântica. Alguns a atribuem a uma promoção pioneira da loja Clipper, realizada em São Paulo em 1948. Outros dizem que o Dia dos Namorados foi introduzido no Brasil, em 1950, pelo publicitário João Dória, que criou um slogan de apelo comercial que dizia "não é só com beijos que se prova o amor". A intenção de Dória era criar o equivalente brasileiro ao Valentine's Day - o Dia dos Namorados realizado nos Estados Unidos. É provável que o dia 12 de junho tenha sido a data escolhida porque representa uma época em que o comércio de presentes não fica tão intenso. A idéia funcionou tão bem para os comerciantes, que desde aquela época, o Brasil inteiro comemora anualmente a data. Outra versão reverencia a véspera do dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro."

http://ilove.terra.com.br/lili/PALAVRASESENTIMENTOS/dia_namorados_origem.asp

mas independentemente da origem, fato é que se tornou um evento nacional, as lojas vendem mais, os restaurantes e os moteis lotam! mas e os ET's???? sim, aqueles seres que nao tem namorados?!?!?!? o que eles fazem? o que se faz qdo nao se está namorando no dia dos namorados? pensei em me dar umpresente, mas ai era sucumbir aos apelos capitalistas, depois pensei em dar um presente pro meu cachorro, unico ser que me ama incondicionalmente, mas não achei o que queria dar-lhe... depois pensei que poderia fazer uma coisa simples, boa pra mim e pra ele... apenas uma simples e boa longa caminhada, ir por lugares que nao estamos acostumados, treina-lo a andar comigo, junto! ensina-lo a nao me puxar... ai o destino me deu um presente lindo... reencontrei um amigão de infancia!!!!!!!!!! nao citarei nomes, mas ele era meu amigão do colégio, coisa de moleque mesmo, brincadeiras, brigas, ele era nerd e eu a doidinha que nao estudava, mas ele nao era mongol como os outros "estudiosos"... que emoção enorme reencontra-lo, ele que viu passando pela frente da padaria, acenou pra mim, pedi que ele saisse, pois eu nao podeira entrar com o meu cachorro... dei nele um abraço de saudade daquele tempo... que saudade de nao ser ET, de nao me preocupar com essas coisas, este singelo presente do universo foi meu presente de dia dos ET's! Adorei!

quero ser feia! muito feia!

hj, um dos dias mais tristes, depois de ontem, saí de casa pra não falhar com minha avó, no almoço semanal, em que ela se dedica à sobremesas e filés pra agradar os netos. Estou triste, o motivo? sei lá! Mas é fato que além de triste estou doente, sou uma garganta, qdo algo no nosso corpo dói só lembramos que essa parte do corpo existe. Enfim, saí de casa desolada, triste com a imutabilidade das coisas, apesar dos esforços... nesse caso a fé me decepciona. Mas ai, apesar do desolamento e decepção recebo elogios exagerados da minha avó, mãe e tia, de como eu estava linda! Linda? cabelo solto, vestidinho jeans e um broche que minha mãe comprou, possivelmente, qdo estava grávida de mim. E sim, eu estava linda, disseram. Fui pra terapia, minha psicóloga, ao abrir a porta; "Nossa como vc tá linda hj? Tá linda, linda! Lindo esse broche." E eu cá comigo achando esse povo todo muito louco. Da psicóloga fui pra dentista, ela me disse que no final de julho tiro esse aparelho, amém!!! Ao entrar na sala dela escuto: "Vixe, hj ela veio toda linda, adoro vestido preto", apesar de eu explicar que era azul, ela continuou elogiando meu vestido "preto". Ao sair de lá, pra pegar meu carro e ainda ir trabalhar, um cara passou no carro e quase bate no carro parado na frente, sim, pq estava olhando pra mim. Mais um louco no meu dia linda/triste. Nos dias que estou feliz não recebo tantos elogios, será que a tristeza me embeleza? sendo assim quero ser feia, muito feia!

Eu indico.

Melhor que Gasparetto na RedeTV, diariamente, é o programa ASTROS no SBT, quarta-feira. Miranda é tudo de bom!!!!! E o Arnaldo dispensa comentários.

Meu avô era meio doido, mas o tio da minha amiga...

Na pizzaria, na vã ilusão das baixas calorias da pizza fininha, conversas fluem entre uma fatia e uma derrubada de taça (sim, eu sou desastrada e derrubei a taça de sangria em cima de mim, desastre ou vinhoterapia!?!?). Segue as revelações de recém amigas de infância, assuntos de famila, da loucura do meu avô, homem absurdamente inteligente e do mesmo tanto louco. hehehhe, tenho genes dele! Mas ai a história mais legal é do tio da minha amiga (falei pra ela escrever essa história no blog dela, depois dou o link), ele também num era bem normal não, ficava dando tiro pro meio do tempo, e quando questionado do que ele estava fazendo a resposta era quase genial; "Estou matando o tempo". Sou fã dele, só porque ele, melhor que ninguém, conseguiu matar o tempo de uma maneira tão tão tão concreta! Quem dera eu soubesse matar o tempo assim!

sem título. nem tudo precisa de título.

Peguei de novo as lentes da melancolia para me deparar com a realidade monótona e enfadonha.
Me sinto pulmão e coração, sistema esquelético tracionado pela falta de vontade/coragem de morrer/viver.
A clareza da depressão coloca holofotes na vida e disseca em detalhes tudo que escondemos.
Cansa o cansaço de ser tão cansado.
Me vejo fraude. Nada recuperável do tempo que se foi.
Não ladro e nem mordo...
Bom mesmo é quarto escuro e fechado, isolado da vida/morte.
Rainha sã das loucas mazelas, sã loucura de viver a vida.
Suporto a dor do mundo e não consigo olhar pra minha.
Sigo reservada, no dilema da espera, na certeza do atraso ou da não vinda.
De palavras que me vem a cabeça, desejo louco de saber de onde elas vem.
Muito aquém do além.
Me despeço, vou ali guardar as lentes da melancolia.