quarta-feira, 4 de junho de 2008

sem título. nem tudo precisa de título.

Peguei de novo as lentes da melancolia para me deparar com a realidade monótona e enfadonha.
Me sinto pulmão e coração, sistema esquelético tracionado pela falta de vontade/coragem de morrer/viver.
A clareza da depressão coloca holofotes na vida e disseca em detalhes tudo que escondemos.
Cansa o cansaço de ser tão cansado.
Me vejo fraude. Nada recuperável do tempo que se foi.
Não ladro e nem mordo...
Bom mesmo é quarto escuro e fechado, isolado da vida/morte.
Rainha sã das loucas mazelas, sã loucura de viver a vida.
Suporto a dor do mundo e não consigo olhar pra minha.
Sigo reservada, no dilema da espera, na certeza do atraso ou da não vinda.
De palavras que me vem a cabeça, desejo louco de saber de onde elas vem.
Muito aquém do além.
Me despeço, vou ali guardar as lentes da melancolia.

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